Mata Branca

CAATINGA

A caatinga é um bioma que se concentra na região nordeste do Brasil. Ocupando cerca de 12% do território nacional, ela cobre grandes faixas do Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e também um pedaço do norte de Minas Gerais.

Nas regiões de caatinga, o clima é quente com prolongadas estações secas e o regime de chuvas influencia na vida de animais e vegetais. A diversidade de espécies é menor, quando comparado a outros biomas brasileiros como a Mata Atlântica e a Amazônia. Entretanto, estudos recentes revelam um alto número de espécies endêmicas, isto é, espécies que só ocorrem naquela região. A vegetação se caracteriza por arbustos tortuosos, com aspecto seco e esbranquiçado por quase todo ano.

O nome Caatinga significa em tupi-guarani Mata branca. O nome faz referência a cor predominante da vegetação durante a estação de Seca onde quase todas as plantas perdem as folhas para diminuir a transpiração e a evitar a perda de água armazenada no inverno devido à ocorrência de chuva As Folhas Verdes e as flores voltam a brotar na área total original da caatinga de 1,1 milhão de quilômetros quadrados cerca de 800 mil quadrados sofreram severas ação antrópica resultado percebem-se áreas em processo de desertificação e salinização do solo.
Calcula-se que 40 mil quilômetros quadrados da Caatinga já foram transformados em área em quase Deserto, o que é explicado pelo corte da vegetação para servir como lenha e pelo manejo inadequado do solo. Vegetação
A vegetação da Caatinga constitui um tipo de vegetação adaptada à aridez do solo e a escassez da água da região. Dependendo das condições naturais das áreas em que se encontram, apresentam diferentes características.
Quando as condições de umidade do solo são mais favoráveis, a caatinga se assemelha a mata, Onde são encontradas as árvores como Juazeiro, também conhecido por Joá, ou laranjeira do Vaqueiro, A aroeira e a Baraúna.
Nas áreas mais secas, de solo Raso e pedregoso, a caatinga se reduz a arbustos e plantas tortuosas, mais baixas, deixando o solo parcialmente descoberto.
Nas regiões mais secas aparecem também plantas cactáceas, como o facheiro, Mandacaru, o xique-xique, que serve de alimento para os animais, na época de seca, e as Bromeliaceas.
Algumas Palmeiras e o Juazeiro, que possui raízes bem Profundas para absorver a água do solo, não perdem as folhas.
Outras plantas possuem um mecanismo fisiológico, o xeromorfismo, Quais são as financeiras que reveste duas folhas que faz que perca ou menos água na transpiração por exemplo é a carnaubeira denominada Árvore da Vida e árvore da providência pois tudo ela se aproveita a maioria das espécies tem espinhos por que leva o Vaqueiro da região usar roupa de couro para sua proteção.

Doenças Relacionadas

Leishmaniose

Doença infecciosa, porém, não contagiosa, causada por parasitas do gênero Leishmania. Os parasitas vivem e se multiplicam no interior das células que fazem parte do sistema de defesa do indivíduo, chamadas macrófagos. Há dois tipos de leishmaniose: leishmaniose tegumentar ou cutânea e a leishmaniose visceral ou calazar. A leishmaniose tegumentar caracteriza-se por feridas na pele que se localizam com maior freqüência nas partes descobertas do corpo. Tardiamente, podem surgir feridas nas mucosas do nariz, da boca e da garganta. Essa forma de leishmaniose é conhecida como "ferida brava". A leishmaniose visceral é uma doença sistêmica, pois, acomete vários órgãos internos, principalmente o fígado, o baço e a medula óssea. Esse tipo de leishmaniose acomete essencialmente crianças de até dez anos; após esta idade se torna menos freqüente. É uma doença de evolução longa, podendo durar alguns meses ou até ultrapassar o período de um ano.

Dados Epidemiológicos

observou-se um coeficiente de detecção (CD) variável entre 10,45 e 22,9 por 100.000 habitantes; mostrando uma expansão geográfica do referido agravo. A região Norte destacou-se com 34,9% do total de casos, com risco da população adoecer de 92,3/100.000 habitantes (cinco vezes a média nacional). A expansão do Centro-Oeste correspondeu à segunda maior em CD, com uma média de 38,8/100.000 habitantes; sendo seguida pela região Nordeste, com 30,8/100.000 habitantes, para o ano de 1995, contribuindo com o 2o maior número de casos do país (28%), porém com risco da população adoecer de 19,7/100.000 habitantes As demais regiões (Sudeste e Sul) não desempenharam papel preocupante quando se tratou da distribuição dos casos em nosso país. No que diz respeito à LVA, observou-se que, nos últimos dez anos, a média anual de casos foi de 3.156 casos, e a incidência de dois casos/100.000 habitantes A faixa etária mais predisposta a desenvolver a doença são os menores de 10 anos (54,4%), sendo 41% dos casos registrados em menores de 5 anos. O sexo masculino é proporcionalmente o mais afetado. Os dados epidemiológicos dos últimos dez anos revelaram a peri-urbanização e urbanização da LVA em nosso país. As perspectivas de controle da doença são complexas, requerendo esforços junto às comunidades, envolvendo educação, provisão de informações, promoção de saúde, devendo ser específicas, conforme a situação epidemiológica de cada região. O conhecimento do maior numero de casos suspeitos, diagnóstico e tratamento precoces, identificação do agente etiológico, conhecimento das áreas de transmissão e redução do contato homem vetor por meio de medidas específicas devem ser destacados.


Doença de Chagas

Tripanossomíase é qualquer doença causada pelos protozoários do gênero Trypanosoma. É uma doença parasitária que afeta o sistema cardiovascular. O protozoário flagelado Trypanosoma cruzi é o agente causador da doença. Ele foi descoberto por Carlos Chagas em 1909 e o nome foi dado em homenagem ao epidemiologista brasileiro Oswaldo Cruz, que foi o descobridor da doença. A doença de Chagas é uma endemia muito comum em países subdesenvolvidos com estimativas de 12 milhões de infectados e cerca de 50 mil mortes a cada ano nas Américas. É também chamada de tripanossomíase americana.

Dados Epidemiológicos

A doença de caramelo afeta 8 a 10 milhões de pessoas que vivem nos países latino-americanos endêmicos, e uma quantidade adicional de 300 a 400 mil indivíduos em países não endêmicos, como a Espanha e os Estados Unidos. Estima-se que 41.200 casos novos ocorram anualmente nos países endêmicos e que 14.400 crianças nasçam por ano com a doença de Chagas congênita. Cerca de 20.000 mortes são atribuídas à doença de Chagas a cada ano.

A doença de Chagas crônica é um problema epidemiológico apenas em alguns países da América Latina, mas a migração crescente de populações aumentou o risco de transmissão por transfusão de sangue até mesmo nos Estados Unidos, e têm surgido casos da doença em animais silvestres até à Carolina do Norte. Distribuída pelas Américas desde os Estados Unidos até a Argentina, atinge principalmente as populações rurais pobres. As casas pobres, com reboco defeituoso e sem forro, são habitat para o inseto barbeiro, que dorme de dia nas rachaduras das paredes e sai à noite para sugar o sangue da pessoas que dormem, geralmente no rosto ou onde a pele é mais fina. Os casos nos Estados Unidos de origem endémica (e não em imigrantes) são raríssimos, devido ao maior afastamento das casas dos animais e do menor número de locais dentro das casas onde os insectos possam se reproduzir.



Malaria

A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles. A cura é possível se a doença for tratada em tempo oportuno e de forma adequada. Contudo, a malária pode evoluir para forma grave e para óbito.

No Brasil, a maioria dos casos de malária se concentra na região Amazônica, nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Nas demais regiões, apesar das poucas notificações, a doença não pode ser negligenciada, pois se observa uma letalidade.

Dados Epidemiológicos

O estado de Mato Grosso pertence à região da Amazônia Legal brasileira, considerada área endêmica para transmissão da malária. No período de 2000 a 2011, houve redução de 86,1% no número de casos de malária no estado. Ao comparar o ano de 2011 com o de 2010, essa redução foi de 31,0%. No ano de 2011, Mato Grosso foi considerado como de baixo risco para malária na região amazônica.1 Em décadas passadas, a alta incidência da malária no estado foi atribuída ao processo de colonização associado às atividades garimpeiras na região do município de Peixoto de Azevedo-MT.2 Estudos mostram que no período de 1997 a 2003, o declínio dos casos de malária ocorreu de forma menos acentuada e mais gradual, diminuindo de 6,2 para 1,9 casos por 1.000 habitantes.

A ocorrência dos casos de malária relaciona-se a vários fatores, entre eles as atividades de extrativismo dos recursos naturais, capazes de potencializar a transmissão da doença.2,3 A discussão acerca das atividades de extrativismo dos recursos naturais como garimpos, abertura de estradas, desflorestamento, entre outras, a depender do horário de funcionamento, condições de moradia e áreas de trabalho, poderia contribuir para a maior ocorrência de casos de malária, justamente porque o horário das atividades laborais coincidiria com o horário de atividade hematofágica das espécies de anofelinos vetores. Desse modo, há necessidade de investigar o surgimento de casos de malária em municípios onde são desenvolvidas atividades de extração de ouro, em antigas frentes garimpeiras da Amazônia.

Este estudo teve como objetivo descrever o perfil entomológico e epidemiológico da malária em área de garimpo do município de Nova Guarita, estado de Mato Grosso, Brasil, em 2011.


Biodiversidade
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